Wednesday, February 21, 2007

D'après Groupe µ

Este diagrama procura representar o fenómeno de descodificação visual defendido pelo grupo do Traité Du Signe Visuel
Fonte: http://www.comu.ucl.ac.be/reco/grems/jpweb/peraya/voir3.pdf
Um ícone possui algumas propriedades do objecto representado: um desenho da minha casa faz-me lembrá-la porque mantém alguns dos seus traços. Mas o que realmente significa manter as mesmas propriedades? Umberto Eco defendeu a tese segundo a qual a comunicação se estabelece não pela relação entre o código e a mensagem mas pelos mesmos mecanismos da percepção dos signos: “Se o signo icónico tem propriedades comuns com algo, não será com o objecto, mas com o modelo perceptivo do objecto; por outras palavras, Eco defende que o ícone é um modelo perceptivo do objecto.

É com base no que foi dito que o Grupo µ fundamenta o seu Tratado do Signo Visual. Para os autores, o sistema visual produziria em cada um dos seus três modos fundamentais: forma, textura e cor estruturas de percepção elementares, integrando e organizando os estímulos de estruturas especializadas: extractores de motivos, de direcções, de contrastes, etc.

Obtem-se assim a produção de figuras (nível 1) de formas (nível 2) e finalmente de objectos (nível 3). As figuras nascem de um processo de equilíbrio entre as zonas de células visuais estimuladas. Para este primeiro nível, surgem as noções de campo, de limite, de linha, de contorno, etc. O nosso sistema perceptivo, ao produzir as diferenças, cria as condições de constituição do sentido. No segundo nível as formas fazem intervir a comparação entre várias ocorrências sucessivos de uma imagem, mobilizando assim a memória. ( a continuar no próximo post...)

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